Primeira santa brasileira completaria 106 anos neste dia 26 de maio
26/05/2020
Hoje, 26 de maio, é a data de nascimento de Santa Dulce dos Pobres, o anjo bom da Bahia, como ficou conhecida a primeira santa brasileira. Se estivesse viva, Santa Dulce completaria 106 anos de idade. Ela faleceu há 28 anos, no dia 13 de março de 1992, aos 78 anos de vida.
O dia foi de festa para os baianos, sejam eles devotos ou não, pois, mesmo que Irmã Dulce não tivesse sido canonizada pelo Vaticano, a existência dela, sem qualquer dúvida, por si só já valeria todas as homenagens de carinho e respeito que qualquer pessoa possa e queira fazer, independente do credo religioso.
Sabe por quê? Porque ela viveu na prática o evangelho de amor e serviço ao próximo tão pregado por Cristo. Mesmo sem dinheiro ou posses, ela foi a responsável pela construção e manutenção de uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do Brasil, a Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), que oferece, principalmente, saúde e educação de qualidade para quem precisa.
Fundada há 60 anos, a OSID, localizada em Salvador/BA, é um dos maiores complexos de saúde com atendimento 100% SUS do Brasil. São 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano em todo o estado da Bahia, sendo que, deste total, 2,2 concentram-se em Salvador, onde também são realizados nove mil atendimentos/mês para tratamento de câncer, 19 mil internamentos e 13 mil cirurgias/ano.
Na área da Assistência Social, a Instituição oferece alimentação diária para cerca de dois mil pacientes, o que resulta, por ano, em 1,7 milhão de refeições. A Morada dos Idosos acolhe 72 pessoas e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA) atende a 773 crianças e adolescentes em situação de risco social, oferecendo ensino em tempo integral do 1° ao 9° ano, acesso a arte-educação, inclusão digital, atividades esportivas, assistência odontológica, alimentação, fardamento e material escolar, tudo de maneira GRATUITA. Do total de alunos, 163 são residentes.
E pensar que tudo isso começou em 1927, quando Santa Dulce dos Pobres tinha apenas 13 anos de idade e passou a acolher mendigos e doentes na própria casa.
Em 1939, já ordenada freira, “invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos para abrigar doentes que ela recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, peregrinou por uma década levando os doentes que tratava por vários locais da capital baiana, até que, em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio após autorização da superiora dela, com os primeiros 70 doentes”, como registra o site da OSID. Foi neste momento que a grande obra social e humanitária da Bahia surgiu.