Covid-19: medicamentos podem acabar em quatro dias

20/03/2021


A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) emitiu neste sábado, 20 de março, nota pública na qual afirma que existe o risco iminente de falta de medicamentos para pacientes com Covid-19 dentro de quatro dias, especialmente os sedativos necessários para intubação. Dentre os medicamentos necessários para o tratamento dos pacientes covid cujo estoque está baixíssimo estão o propofol e o cisatracurio. “A situação atual é crítica e, se medidas urgentes não forem tomadas em âmbito nacional, mais pacientes morrerão”, alerta a Anahp.

Neste sábado, de acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde foram registradas 2.438 mortes por Covid-19 das 18h da sexta (19/03) às 18h do sábado (20/03), aumentando para 292.752 a quantidade total de vítimas fatais do novo coronavírus no Brasil.

A Associação afirma na nota que há um ano o Brasil tem se mobilizado para o enfrentamento ao novo coronavírus e que a saúde é, sem dúvida, um dos setores mais afetados pela pandemia e vem se deparando com vários desafios importantes. “Um dos mais graves, neste momento, é a iminente falta de medicamentos necessários para atendimento aos pacientes graves acometidos pela Covid-19, bem como a requisição desses medicamentos pelas secretarias municipais de saúde e pelo Ministério da Saúde”, afirma a Anahp.

Levantamento realizado pela Associação no dia 18 de março junto aos hospitais associados mostrou a escassez de medicamentos essenciais para o tratamento desses pacientes. Em todo o Brasil estão associados à Anahp 118 hospitais, dentre eles o Primavera e o São Lucas, situados em Aracaju/Sergipe. O levantamento mostrou que o estoque atual de algumas medicações é o seguinte: Propofol – suficiente para quatro dias; Cisatracurio - quatro dias; Atracúrio - quatro dias; Rocuronio – nove dias; Midazolam – 14  dias e Fenatanila - 19 dias.

A nota publicada neste sábado informa, ainda, que nos últimos dois dias houve várias requisições, desorganizando a cadeia de suprimentos e privando hospitais dos recursos necessários já contratados para atender à crescente demanda de pacientes com a Covid-19.

“Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), mas, a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o ápice nos próximos dias. Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela Covid-19 a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará, ainda mais, o setor público, agravando a situação do sistema de saúde brasileiro”, alerta a Associação, que solicita ao Ministério da Saúde e demais órgãos competentes atenção urgente em relação à questão crítica que a saúde está vivendo e que coloca em risco a vida dos pacientes.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Anahp.



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