Maus hábitos podem influenciar no surgimento de incontinência urinária

05/09/2023


Para quem pensa que incontinência urinária é um problema apresentado apenas por mulheres com idade acima dos 60 anos, é importante saber que essa condição tem afetado cerca de 10 milhões de brasileiros com idade acima de 40 anos, e em variados graus, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A entidade estima que desse total, 45% são mulheres e 15% são homens.

O médico urologista Rodrigo Tonin, especialista em doenças da próstata, vasectomia, cálculo renal e implantes hormonais, explica que a perda urinária em mulheres e homens pode ocorrer por dois motivos: incontinência por esforço ou em virtude da síndrome da bexiga hiperativa.

A incontinência por esforço é mais comum em mulheres do que em homens. No gênero feminino acontece com maior frequência no pós-menopausa e em mulheres com muitos filhos nascidos por partos vaginais, pois em ambos os casos, há o enfraquecimento do assoalho pélvico, do músculo chamado esfíncter. O escape urinário geralmente acontece ao tossir, gargalhar ou espirrar.

Já nos homens, a incontinência urinária por esforço não é tão comum, e em geral, está associada à submissão a algum procedimento, como cirurgia para câncer de próstata. Na síndrome da bexiga hiperativa, tanto em homens quando em mulheres, as causas podem estar associadas, principalmente, a doenças crônicas, como a diabetes, ou a doenças neurológicas, a exemplo do Parkinson e esclerose múltipla.

Na bexiga hiperativa o órgão não espera a ordem do cérebro para funcionar, acaba tendo contração involuntária e a pessoa sente uma vontade muito forte de fazer xixi, uma urgência que muitas vezes não dá tempo de chegar ao banheiro.

“O envelhecimento natural também pode provocar alteração neurológica, que acaba mudando essa coordenação entre a bexiga e o cérebro, e provocando a disfunção. É importante salientar que indivíduos podem apresentar incontinência urinária mista, ou seja, tanto por esforço quanto por hiperatividade da bexiga. Em qualquer um dos casos, é necessário acompanhamento médico tanto para detectar o problema, quanto para a realização do tratamento”, afirma Rodrigo Tonin.

Embora o tratamento da incontinência urinária seja medicamentoso e indicado unicamente pelo urologista, ele também passa pela mudança de hábitos diários e comportamento, pois a incontinência por esforço pode ser influenciada, por exemplo, pelo tabagismo, obesidade e má alimentação, como explica Dr. Rodrigo Tonin.

“O fumo pode provocar tosse crônica; a obesidade pode exercer pressão sobre a bexiga e o esfíncter; e a má alimentação pode gerar constipação, que por sua vez, pode pressionar a bexiga. Em todos esses casos, o resultado é o mesmo: pressão no órgão e incontinência urinária por esforço”, frisa o urologista.



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