República Democrática do Congo notifica novo surto de ebola, diz OMS
02/06/2020
A Organização Mundial da Saúde informou que a República Democrática do Congo registrou um novo surto de ebola. De acordo com o Ministério da Saúde congolês, seis casos foram notificados em Wangata, que fica na província Equatoria, no noroeste do país.
A nação africana havia finalizado o enfrentamento a um surto complexo e estava pronta para declarar o fim da doença, quando foi surpreendida por essas novas notificações. A RD Congo já lida com outras epidemias como o maior surto de sarampo do mundo. O país também atua numa resposta à pandemia de Covid-19.
Dos seis casos reportados, pelo menos quatro resultaram em morte. Uma das vítimas fatais foi uma menina de 15 anos de idade, como informou um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. Todas as pessoas que tiveram contato com as vítimas estão isoladas no Hospital em Mdanbaka.
PSICÓLOGOS
O Unicef está atuando com autoridades locais na resposta. Nesta terça-feira, 2 de junho, 36 funcionários da agência devem chegar à província para cooperar com o governo local, comunidades e psicólogos, além de Organizações Não-Governamentais.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, disse que é importante lembrar que a RD Congo está lidando com mais emergências de saúde. Este é o 11° surto de ebola no país desde que o vírus foi descoberto, em 1976. A região de Mbandaka foi o epicentro do nono surto entre maio e julho de 2018.
CONTAGEM REGRESSIVA
A OMS regional está enviando suprimentos médicos do Kivu Norte e de Kinshasa para apoiar a resposta do governo. Mais 25 pessoas da OMS devem chegar à região nesta terça-feira, 2/6. O 10° surto da doença, que ocorreu em Kivu Norte, Kivu Sul e em Ituri está chegando ao final. Em 14 maio de 2020 o Ministério da Saúde iniciou contagem regressiva para declarar o fim da doença na região.
Até 31 de maio havia 3.195 casos de ebola, incluindo 72 mortes. Desde 2019 o sarampo já matou 6.779 congoleses. Ao todo, foram notificados 369.520 casos. (Fonte: OMS. Foto: AIEA/Laura Gil)