Uso de testosterona para fins clínicos não foi o alvo do CFM

28/04/2023


Após o Conselho Federal de Medicina (CFM) vetar a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa e melhoria no desempenho esportivo, homens que fazem tratamento de reposição de testosterona passaram a ter dúvida se poderiam, ou não, continuar com as prescrições. Essa tem sido uma pergunta recorrente entre os pacientes que chegam ao consultório do urologista Rodrigo Tonin.

Ele esclarece que nada mudará para aqueles que fazem reposição em virtude de deficiência nos níveis de testosterona, que acontece muito em decorrência da idade, e que a determinação do CFM tem como objetivo proteger a população de graves efeitos colaterais e danos à saúde, uma vez que não há estudos científicos que confirmem a segurança do uso de hormônios esteroides para fins estéticos e ganho de massa muscular.

Rodrigo Tonin comenta que o uso inadequado de esteroides androgênicos e anabolizantes pode causar, dentre outros problemas, hipertrofia cardíaca, hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, aterosclerose e doenças no fígado, inclusive, câncer nas células desse órgão.

“Para quem faz uso desse esteroide para fins de reposição pode ficar tranquilo, pois nada muda. A partir dos 40 anos de idade, o organismo masculino começa a ter uma leve queda na produção desse hormônio e, com o passar dos anos, os baixos níveis de testosterona na corrente sanguínea podem provocar alguns problemas de saúde”, afirma o médico urologista.

Porém, ressalta ele, nem todo homem idoso obrigatoriamente necessitará de reposição hormonal, pois fatores externos, como alimentação e prática de atividade física, podem ajudar na manutenção de bons níveis de testosterona. Rodrigo Tonin explica que dentre os sintomas clássicos que podem indicar baixos níveis de testosterona estão a perda da libido, fadiga, falta de energia, perda de memória e de massa muscular.

“Quando alguém chega ao consultório reclamando desses sintomas solicitamos exames clínicos para comprovar a necessidade, ou não, do uso de testosterona. Ou seja, há uma reposição hormonal, e não suplementação, objetivando deixar os níveis de testosterona normais para, desta forma, promover qualidade de vida, saúde e bem-estar”, frisa o médico urologista.

Dr. Rodrigo Tonin aproveita para alertar que esse tipo de tratamento só deve ser prescrito por um médico e que deve haver acompanhamento constante desse profissional, para evitar qualquer tipo de risco à saúde.

Sobre Dr. Rodrigo Tonin

Médico urologista com 19 anos de experiência, é membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia. Especialista em Vasectomia, Cálculo Renal e Doenças da Próstata, faz atendimento clínico em Aracaju e Itabaiana, e cirúrgico na capital sergipana.

É um dos poucos urologistas em Sergipe habilitados a usar o Thulium Laser, equipamento de última geração para tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna, recém-trazido para o estado pela Rede Primavera Saúde. Até 1º de maio, Dr. Rodrigo Tonin participa, em Chicago, nos Estados Unidos, do maior congresso de Urologia do planeta, a Reunião Anual da American Urological Association (AUA-2023), que reúne cerca de 15 mil profissionais da área.



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