Jornalista Dilson Ramos lança romance ambientado em Aracaju

21/07/2025


Um protagonista sedutor, histórias repletas de desejo e uma Aracaju estacionada nos anos 80 e 90. Assim é “Um bilhete de adeus”, romance do jornalista Dilson Ramos, que será lançado no dia 28 de julho, com um coquetel e a apresentação da cantora Rebecca Melo, das 17h às 20h, na Biblioteca Pública Epiphanio Dória, em Aracaju.

A obra, primeiro livro do autor, apresenta Tom, um jornalista investigativo que transita entre o faro apurado para correr atrás de furos jornalísticos, e o charme irresistível que o faz envolver-se até mesmo com suas fontes. A narrativa convida o leitor a uma montanha-russa de sentimentos, com passagens marcadas pelo erotismo, humor e intensidade.

A história carrega ecos do cotidiano jornalístico de uma redação de jornal impresso. Dilson Ramos conseguiu montar um personagem movido pela busca incessante de boas histórias, ainda que isso custe envolvimentos perigosos. Tom, que não resiste a um sorriso feminino, muda de romance como se troca de roupa e, muitas vezes, paga um preço alto.

Das redações ao romance

Dilson Ramos é um nome conhecido do jornalismo sergipano. Natural de Itapetinga, Bahia, chegou a Aracaju em 1983. Desde então, construiu uma carreira sólida no jornalismo: passou pela TV Sergipe em duas oportunidades, TV Cidade, foi assessor de imprensa do Sindipetro e da Assembleia Legislativa, e atualmente coordena o setor de jornalismo da TV Aperipê e é Diretor de Redação do Jornal da Cidade.

Sua ligação com a escrita vem de longe. Aos 17 anos, escreveu uma peça de teatro baseada na parábola do filho pródigo. Foi premiado em uma antologia poética pelo Centro Acadêmico Horácio Lane, da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Colaborou em suplementos culturais e começou a explorar a ficção no jornal alternativo Folha da Praia. Agora, sob o incentivo do escritor Gonçalo Junior, da Editora Noir, se lança na ficção com seu primeiro livro publicado.

O nascimento do livro foi um encontro entre acaso e escuta atenta. Dilson Ramos conta que originalmente escrevia uma obra de memórias sobre o pai e que Tom, o personagem central de “Um bilhete de adeus”, era, na primeira versão, um professor. “O Gonçalo, que leu o único capítulo pronto do livro, gostou do texto e disse que a Noir apostaria no projeto. Mas sugeriu que trocasse a profissão de Tom, de professor para jornalista”, observa. “Essa mudança foi vital para que o projeto fluísse mais fácil”, conta.

A mudança de trajetória do professor ao jornalista foi o ponto de virada para que a história ganhasse corpo. "Um bilhete de adeus" não apenas revela um outro lado do jornalista, mas também convida o leitor a mergulhar em uma Aracaju de sombras e luzes, amores intensos e dilemas éticos.



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