
Obesidade e casamento infantis, blogueiragem, e demissão no home office
11/09/2025

Volteeeeiiii!!!!
E a coluninha de hoje está cheia de informação que certamente vai te colocar para pensar em muita coisa, e para que você sinta o impacto de cada nota, faça o seguinte teste, se pergunte: e se fosse comigo, com meu filho ou meu irmão, como isso me afetaria? Fazer esse exercício nos faz olhar de um outro jeito para questões importantes e nos aproximam da humanidade, porque se tem uma percepção que o jornalismo fortaleceu em mim é a de que, por “pior” que alguém seja na minha concepção, ela é o amor e o motivo do sorriso de alguém. E isso não é para transformar ninguém em santo ou santa, mas para alimentar o melhor lado que há em nós, e dessa maneira, nos salvarmos da escuridão que habita em cada um. Boa leitura!
De subnutridas a obesas – Novo relatório do Unicef, o “Nutrição Infantil de 2025”, divulgado recentemente, mostra que pela primeira vez o número de crianças e jovens com idade entre 5 e 19 anos que estão obesas, superou o das que estão com baixo peso. A pesquisa mostra que uma em cada cinco crianças e adolescentes em todo o mundo (391 milhões no total) vive com sobrepeso. Deste total, 42% são obesas. Esses resultados demonstram a urgência em repensar a alimentação dos pequenos e dos adolescentes. O relatório cita como um dos vilões para este resultado a exposição ao marketing de alimentos e bebidas ultraprocessados, que é generalizada e tem remodelado a dieta das crianças e jovens, os colocando em sérios riscos à saúde.
Casamento infantil – O Brasil é o 6° país do mundo onde há a maior quantidade de casamentos de meninas e mulheres com idade abaixo dos 18 anos, segundo dados do Unicef, que constam no relatório “O fim do casamento infantil está ao nosso alcance? Últimas tendências e perspectivas futuras”, atualizado em 2023. Pelo relatório, aqui no Brasil, 21,55 milhões de meninas e jovens tiveram o primeiro casamento ou união antes dos 18 anos, o que é considerado grave violação dos direitos humanos. Uma das 17 ODS da ONU tem como meta acabar com o casamento infantil até 2030, o que é muito difícil de acontecer, mesmo com a redução do número de matrimônios com crianças acontecendo em todo o mundo.
Meta difícil de ser cumprida - No ritmo atual, afirma a Unicef, o fim do casamento infantil só aconteceria daqui a 300 anos. Ainda de acordo com a entidade, atualmente, uma em cada cinco jovens com idade entre 20 e 24 anos casou-se na infância, contra uma em cada quatro, há dez anos. A estimativa é de que 640 milhões de meninas e mulheres vivas, na atualidade, tenham se casado ainda crianças. Somente a Índia responde por 1/3 dos casos em todo o mundo, com 216,65 matrimônios infantis. O 2° terço estão sob a “tutela” de Bangladesh, China, Indonésia, Nigéria, Brasil, Paquistão, Etiópia, México, Iran e Egito. O 3° terço quantitativo está distribuído em 192 países.
Setembro Amarelo? – Depois que muita gente passou a utilizar o telefone celular e as redes sociais para divulgar “notícias”, se autointitulando comunicador, e uma parcela da sociedade os tratando como se jornalistas fossem, o mundo passou a ficar ainda mais bizarro, e essa é a minha opinião, que merece e deve ser respeitada, vale a pena lembra, ok? Um bom exemplo disso é a falta de ética, empatia e até humanidade, quando uma pessoa comete autoextermínio. Quem é JORNALISTA, que ralou no mínimo quatro anos em universidade e estudou os vários aspectos de uma cobertura jornalística, e já ouviu falar em órgãos como CVV, Unicef, ONU e Unesco, sabe muito bem que não se deve noticiar com detalhes o acontecido, especialmente como foi feito, para evitar que pessoas que estejam com a mesma ideação se sintam encorajadas. Mas aqui em Sergipe, a galera da blogueiragem noticiosa, enche a boca para falar tim-tim por tim-tim o ocorrido, e achando pouco, ainda divulga fotos. O que mais incomoda e deixa triste é ver essas pessoas sendo ovacionadas por tamanha deselegância, bizarrice e escrotidão.
Corpos magros = negócio rentável – Em uma roda de conversa em um evento cheio de profissionais da área da saúde, uma das perguntas que saiu foi: já viram que tem gente vendendo abertamente, pela rede social, similar do mounjaro? Eis que um profissional da medicina que estava na roda disparou, claro que sem citar nomes: “é mais absurdo ainda ver colegas vendendo o remédio de maneira fracionada dentro dos consultórios, e ainda pior, alguns estão misturando ozempic e mounjaro na dose”. Fiquei me questionando: será que os pacientes sabem dos detalhes do tratamento a que se submetem? Sabem dos possíveis riscos que correm? Os fins justificam mesmo os meios? Será que esses meios são saudáveis o suficiente para não entregarem outro tipo de resultado além do prometido? Será que esses profissionais dormem bem à noite? A médio e longo prazo, quais as consequências desses tratamentos, para além de corpos magros? Infelizmente não tenho as respostas.
Home office e demissão – A recente demissão de funcionários do Itaú, quase mil, de acordo com o sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região, após monitoramento dos funcionários que estavam trabalhando remotamente ou de maneira híbrida, pode levantar questões relacionadas a essa modalidade de trabalho, inclusive no quesito saúde mental, como alertou a psicanalista Ana Lisboa, fundadora da UniAltis, universidade dedicada à saúde mental corporativa. “Quando uma empresa opta por medir apenas o que é visível, ignora a base invisível que sustenta o desempenho, ou seja, saúde mental, motivação e propósito. O que se gera é um efeito dominó de adoecimento, alta rotatividade e, no longo prazo, prejuízo financeiro”, afirmou a profissional.
Fotos utilizadas: site do Unicef