“Entre as pernas” chega a Aracaju
10/01/2017
O evento que balançou Curitiba chega a Aracaju e promete ajudar as mulheres a descobrirem o poder que têm sobre os corpos e as vontades que possuem: o coletivo Entre as Pernas. Idealizado pela sergipana Paloma Augusta, 30, publicitária e produtora de eventos femininos, a primeira edição do Entre as Pernas Aracaju (a 4ª do projeto) acontece neste final de semana, nos dias 14 e 15 de janeiro, no Katy Brito Studio Fitness, localizada na Rua A, n.39. Porto Mar I, Aruana.
Formada em Publicidade e Propaganda, Paloma Augusta foi morar em Curitiba para fazer especialização na área e entre uma aula e outra de pole dance, modalidade da qual ela é instrutora, viu nascer o projeto, mais especificamente, em março de 2016. "O Entre as Pernas nasceu com a proposta de empoderar a mulher através das danças pélvicas, ou seja, daquelas danças que mexem com o quadril e a sintonizam com o poder da própria pelve.
“O sucesso foi tanto que lotamos três edições oficiais na capital paranaense, além de pequenas oficinas e eventos particulares. Esta quarta edição, aqui em Aracaju, já ganhou adeptas, o que nos deixa muito feliz”, declarou Paloma Augusta.
Mas como surgiu a ideia? Segundo ela, ao dar aulas de pole ela percebia que a modalidade não mexia só com a autoestima dela, mas também das alunas. Muitas queriam fazer as aulas, mas por variados motivos, que iam desde a falta de dinheiro à vergonha do corpo e insegurança, uma grande parte das que tinha interesse não conseguia participar.
“Fiquei pensando que deveria dar um jeito nisso, e após meses de inquietação convidei uma amiga professora de dança para trocar ideia. Eu e Kanêga Santos estávamos muito conectadas, e assim, estruturamos o formato do evento que deu forma ao Entre as Pernas. Na 1ª edição abrimos 40 vagas e acabamos colocando 45 mulheres em dois dias de evento. Foi a coisa mais linda do mundo”, vibra emocionada.
E nas edições, as mulheres, sim, somente elas podem participar, recebem aulas de pole dance, chair dance e streaptease, danças que vão muito além da sensualidade que demonstram, pois fazem com que as praticantes entendam o corpo que possuem e as limitações que lhes foram impostas – muitas vezes pela sociedade -, para então, sentirem-se livres dessas amarras.