Pra Você Saber está entre os vencedores do Prêmio TJSE de jornalismo

Na manhã desta quinta-feira, 13 de janeiro, o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe realizou a solenidade de premiação dos vencedores do I Prêmio TJSE de Jornalismo, e a jornalista Andréa Moura, editora do site Pra Você Saber, conquistou o 2° lugar na categoria Webjornalismo com a matéria Tribunais de Justiça têm sido a esperança para a saúde negligenciada. O tema central do prêmio foi “Direitos Humanos e Justiça para todos”.

O prêmio foi entregue pelo presidente do TJSE, o desembargador Edson Ulisses de Melo, e pelo jornalista de ‘O Globo’, Ancelmo Gois, que proferiu a palestra “De Frei Paulo para o Brasil: a trajetória de um jornalista sergipano”. Em sua fala, Ancelmo Gois deixou evidente o amor pela profissão, iniciada aos 14 anos na antiga Gazeta de Sergipe.

Ele também contou como chegou às grandes redações do Rio de Janeiro após a graduação em Jornalismo pela Faculdade Hélio Alonso (RJ). Dentre os veículos de comunicação cariocas nos quais Gois atuou estão o Jornal do Brasil, as revistas Época e Exame. Atualmente, Ancelmo Gois assina uma coluna no jornal O Globo.

“Sou uma pessoa abençoada e ao longo da minha vida sempre encontrei pessoas que ‘me adotaram’, que me ajudaram a chegar até onde cheguei, e sou grato a todos eles”, afirmou. Dentre os conselhos que ele deu aos colegas de profissão estão três que são simples e eficazes: quando se faz o que ama, fica tudo mais leve; jornalista tem que fugir do óbvio; e quem fica parado é poste, ou seja, é a curiosidade, o frio na barriga que move a profissão.

De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça, o Prêmio faz parte do planejamento estratégico da gestão 2021/2023 do TJSE, e dentre as metas está a de aproximar a instituição da população através da imprensa. “Essa premiação é um reconhecimento ao valor da imprensa para a sociedade”, destacou o desembargador Edson Ulisses.

A matéria premiada

No texto “Tribunais de Justiça têm sido a esperança para a saúde negligenciada”, a jornalista Andréa Moura destaca a importância dos tribunais de Justiça brasileiros para milhares de pessoas que, somente após ingressar ações judiciais, conseguem ter acesso a um bem essencial garantido na Constituição: a saúde.

Em 2020, por exemplo, a judicialização da saúde foi a esperança para 486.423 brasileiros, de acordo com os dados contidos no levantamento do Conselho Nacional de Justiça. Em Sergipe, até o dia 19 de outubro de 2021, o TJSE havia recebido 638 pedidos de judicialização de casos da área da saúde.

Um dos casos citados na matéria é o da pequena Sophya Vitória, de seis anos de idade, portadora de microcefalia e que em decorrência desse problema, apresenta dificuldade motora, espasticidade muscular nos membros inferiores e superiores, e luxação paralítica coxofemoral no quadril esquerdo, que tem causado fortes dores e limitado ainda mais os movimentos da garotinha.

Foi por causa da luxação no quadril que a mãe de Sophya, Jussara Cardoso, buscou ajuda da Defensoria Pública do Estado de Sergipe no município de Itabaiana, onde mora, e ingressou com ação para ter direito à cirurgia, procedimento que está orçado em quase R$ 69 mil. De acordo com Jussara, em conversa recente com o Pra Você Saber, a cirurgia ainda não foi realizada, embora o parecer favorável à paciente já tenha sido publicado pela justiça.

“Estou muito feliz e honrada com essa premiação. É o reconhecimento de um trabalho feito com amor e cujo objetivo é fornecer informação de qualidade para os nossos leitores. A gente sempre escuta falar sobre judicialização da saúde, e por vezes acaba não se dando conta do quão profundo e complexo é o tema. Mais ainda, não tem a dimensão da quantidade de pessoas, por esse Brasil à fora, que precisa do judiciário para viver, ou que hoje está viva porque recorreu à justiça para ter o básico: direito à saúde”, declarou Andréa Moura.

Conheça os vencedores

Telejornalismo

1º lugar: Mudança no modelo de ressocialização em Sergipe provoca reinserção de jovens e adolescentes na sociedade, de Leonardo Gomes Barreto, Fredson Navarro, Remi Costa, Jeová Luiz e José Bosco, da TV Atalaia

2º lugar: Patrulha Maria da Penha assegura proteção de vítimas da violência doméstica durante a pandemia, de Gustavo Costa e Jackson Cabral, da TV PMA

3º lugar: 15 Anos Lei Maria da Penha, de Maristela Santos Niz, da TV Sergipe

Webjornalismo

1º lugar: Sem-teto – a vida de quem não tem um lugar digno para morar em meio à pandemia, de Wilames Rodrigues, do F5 News

2º lugar: Tribunais de Justiça têm sido a esperança para a saúde negligenciada, de Andréa Moura, do Pra você saber

3º lugar: Nome Social resgata a cidadania de pessoas trans - gratuidade faz pedidos aumentarem, de Antônio Carlos Garcia, do Só Sergipe

Jornalismo Impresso

1º lugar: 70% das famílias de sentenciados em unidades prisionais acreditam no trabalho do TJSE, Milton Alves Junior Santana, Jornal O Dia

Radiojornalismo

1º lugar: Mulheres encarceradas - amor, desagregação e luta, de Magna Santana, da Sim FM

2º lugar: Poderes que protegem, de Lucas Brasil, da Eldorado FM

3º lugar: Equidade de gênero e humanização a luta das pessoas LGBTQIA+ na busca por assistência à saúde e à justiça, de Juliana Correia Almeida, Josafá Bonifácio da Silva Neto e Alysson Lima Araújo, da Rádio UFS FM

Fotojornalismo

1º lugar: Sem-teto – a vida de quem não tem um lugar digno para morar em meio à pandemia, de Pedro Gabriel Barreto Ramos, do F5 News

Trabalho Acadêmico

1º Lugar: Fake News – a ameaça à democracia e a interferência no processo eleitoral brasileiro, de Edicarlos Araújo Queiroz, da Universidade Tiradentes

2º Lugar: Dois minutos, de Jamile Vasco da Silva Pereira, Isabella de Almeida C. Kodel, Karoline Vieira Faria, Andreeyvyd Almeida Teles, da Universidade Tiradentes

Foto principal da matéria: Jadilson Simões