Sobe para 92 a quantidade de mortes por coronavírus no Brasil

27/03/2020


O Ministério da Saúde promete apresentar na tarde deste sábado, 28 de março, um estudo de cenário da pandemia do novo coronavírius no Brasil para os próximos 30 e 60 dias. Esta foi a informação dada pelo Secretário Executivo do Ministério, João Gabbardo dos Reis, durante a tradicional entrevista coletiva realizada diariamente. Até às 15h desta sexta-feira, 27 de março, um dia após o registro do primeiro caso da COVID-19 no país, o número de pessoas infectadas era de 3.417 e, destas, 92 foram a óbito, o que resulta em uma taxa de letalidade de 2,7%.

Do total de pessoas falecidas, 65% eram homens e 35% mulheres. Setenta e seis deles, portanto, 89%, tinham idade superior a 60 anos; três estavam na faixa etária entre 20 e 39 anos; e seis possuíam idade entre 40 e 59 anos. No dia 26/03 o governo Federal havia registrado 194 pessoas em estado grave internadas em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Brasil. O número atualizado de leitos de UTI que estão ocupados por infectados pela doença não foi informado nesta sexta-feira, porém, em 24 horas, a quantidade de mortes em decorrência da doença subiu de 77 para 92.

Por região geográfica brasileira, o coronavírus está presente da seguinte forma: 539 casos no Nordeste; 1.952 no Sudeste; 318 no Centro-Oeste; 145 no Norte e 463 no Sul. O Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, explicou que das 14.024 hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave no País, até o momento, 497 foram em decorrência da COVID-19, ou seja, o restante estava associada a outras síndromes gripais e que possuem sintomas semelhantes à doença causada pelo coronavírus, a exemplo da Influenza. Ele lembrou, ainda, que a dengue, a chicungunha e a zika são problemas de saúde que, na fase inicial, têm sintomas muito parecidos com os da COVID-19.

Embora o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro esteja, desde a última terça-feira, falando insistentemente de que o coronavírus causa apenas uma gripezinha e que o isolamento social deve ser suspenso para poder proteger a economia, o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse, sem comentar o pronunciamento do presidente e também sem falar abertamente em isolamento social, que as orientações do MS não mudaram e que as pessoas com sintomas da COVID-19 devem permanecer em isolamento, bem como os familiares destes, além das pessoas com comorbidade e doenças crônicas, e aquelas com idade acima de 60 anos. “Também não é para ter aglomerações”, frisou ele. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)



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