ANVISA aprova novo medicamento para o tratamento de HIV
25/11/2021
Primeiro de dezembro, dia mundial de luta contra a Aids, se aproxima e este ano, traz uma boa notícia para quem vive com HIV: a autorização do registro, pela Anvisa, do medicamento Dovato, que é tomado em dose única diária, portanto, reduzindo a quantidade de antirretrovirais que devem ser ingeridos cotidianamente, porém, mantendo a eficácia e a alta barreira à resistência de regimes tradicionais com mais medicamentos.
O Dovato possui regime completo composto por duas medicações, o Dolutegravir 50 mg e o Lamivudina 300 mg, em um único comprimido, e pode ser utilizado, após recomendação médica, por adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade, com peso mínimo de 40 kg, e portadores de HIV. O medicamento foi desenvolvido pela GSK/ViiV Healthcare.
De acordo com o gerente Médico da GSK/ViiV Healthcare, Dr. Rafael Maciel, atualmente, muitos tratamentos para o HIV de um único comprimido possuem, pelo menos, três medicamentos diferentes combinados.
“Já o Dovato fornece resultados expressivos com apenas dois medicamentos em um comprimido demonstrando, através de estudos, ser igualmente tão eficaz quanto tratamentos para o HIV com três ou quatro medicamentos. Isso significa: manutenção da eficácia, com menor utilização de medicamentos, e menor potencial de toxicidade", explica.
Amplamente testado
Recente estudo divulgado na 18ª Conferência Europeia de AIDS (EACS 2021) avaliou a eficácia, segurança e tolerabilidade do medicamento em pacientes que receberam Dovato conforme prescrição médica. Chamado de URBAN, o estudo mostrou que a combinação de Dolutegravir e Lamivudina teve bons resultados no controle do vírus do HIV em um ano, sem casos de desenvolvimento de resistência. Em relação à segurança, os riscos de efeitos adversos graves e descontinuações foram baixos.
Para o chefe global de Epidemiologia e Evidência do Mundo Real da GSK/ViiV Healthcare, Vani Vannappagari, esses dados fortalecem a apresentação de Dovato para pessoas que vivem com HIV. Ele reafirma que a GSK/ViiV Healthcare se dedica ao desenvolvimento de medicamentos que atendam às necessidades das pessoas vivendo com HIV, portanto, os achados apresentados pelo estudo destacam o importante papel do regime de duas drogas baseados em Dolutegravir como viável e duradouro.
“Os resultados demonstram o medicamento como opções de tratamento em ensaios clínicos e na prática clínica do mundo real, tanto para as pessoas ‘virgens’ de tratamento, tanto para as que já estão virologicamente suprimidas", disse.
Mais sobre o Dovato
Dovato é um medicamento completo, de dose única diária, podendo ser tomado até mesmo em jejum, para o tratamento de HIV em adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade, com peso mínimo de 40 kg, sem histórico de resistência ao Dolutegravir ou à Lamivudina.
É composto por duas moléculas. O Dolutegravir 50 mg atua ao impedir que o DNA viral se integre ao material genético das células humanas. A Lamivudina 300 mg age interferindo na conversão do RNA viral em DNA, impedindo assim a multiplicação do vírus.
A aprovação do Dovato é apoiada pelos estudos globais de referência GEMINI 1 e 2, que incluíram mais de 1.400 adultos vivendo com HIV, e pelos resultados do estudo TANGO, apresentados na Conferência Internacional da Sociedade de AIDS sobre Ciência do HIV 2021 (IAS 2021). Aproximadamente metade das pessoas que vivem com HIV e fazem uso de terapia antirretroviral utiliza Dolutegravir nos tratamentos.
Dolutegravir 50mg foi introduzido no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2016 e, atualmente, é distribuído a mais de 400 mil pacientes, o que representa cerca de metade das pessoas em tratamento contra o HIV atendidas pelo SUS. Segundo dados atuais do Ministério da Saúde, aproximadamente 936 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, sendo que 88% estão diagnosticadas e destas, 71% encontram-se em tratamento com antirretroviral. Desse total, 63% estão com supressão viral.
Para o Dr. Rafael Maciel, é muito importante que as pessoas diagnosticadas com HIV iniciem o tratamento o mais rápido possível, e façam o correto uso de antirretrovirais, como forma de garantir o controle da infecção e prevenir a evolução para a AIDS. "A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios individuais, e dentre outros fatores está a ampliação da expectativa de vida, e o não desenvolvimento de doenças oportunistas", frisa.
Sobre a GSK/ViiV Healthcare
A ViiV Healthcare foi criada em 2009, a partir de uma joint venture entre a GSK e a Pfizer, formando uma companhia global dedicada exclusivamente a tratamentos para o HIV. Em 2012, a japonesa Shionogi completou a sociedade. Atualmente, a GSK detém 76,5% de participação na empresa.
Como líder em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos para o HIV, a ViiV Healthcare possui operações em mais de 50 países. A GSK é a distribuidora da ViiV Healthcare no Brasil.
Fonte: Assessoria de Comunicação