Cannabis medicinal tem sido utilizada contra doenças neurológicas

23/02/2021


Com o avanço da ciência nos estudos da cannabis como tratamento terapêutico, a substância vem sendo utilizada com segurança por pacientes de todo o mundo. Atualmente existem diversos estudos, em diferentes fases de pesquisa, e eles apontam os benefícios da cannabis para o tratamento dos sintomas não-motores da doença de Parkinson (depressão, ansiedade, transtornos do sono e outros), das dores e espasmos provocados pela esclerose múltipla, no controle das crises epiléticas e outras doenças.  Esses benefícios contribuem de forma significativa para a qualidade de vida dos pacientes que apresentam melhora em quadros de ansiedade, depressão, dores, transtornos do sono, espasticidade, entre outras condições.

“O avanço do conhecimento científico sobre a cannabis medicinal e o desenvolvimento da indústria farmacêutica especializada mostram que a substância pode ser classificada como uma nova área terapêutica disponível para apoiar diferentes especialidades médicas”, explica o neurologista Flavio Rezende, mestre e doutor em Neurologia, professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Health Meds.

A empresa é brasileira e especializada no mercado de cannabis medicinal, que investe em pesquisa e desenvolvimento para oferecer aos pacientes produtos diferenciados, respeitando todos os padrões de qualidade e segurança, com o objetivo de atender às necessidades dos pacientes na busca de bem-estar e na melhoria da qualidade de vida. A Health Meds oferece produtos fitofármacos à base de canabidiol, com alto teor de CBD (canabidiol), CBG (canabigerol) e baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol).

Segundo do Dr. Flávio Rezende, os fitofármacos à base da cannabis são desenvolvidos por meio de rigorosos controles de qualidade com 99% de grau de pureza e indicações definidas. “Estudos de fase III para tratar dor e espasticidade na esclerose múltipla e para o tratamento de epilepsias farmacorresistente apresentam evidências científicas sólidas com aprovação regulatória pelo FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos”, exemplificou.

FUNCIONAMENTO E PRINCIPAIS INDICAÇÕES

A cannabis medicinal possui mais de 480 substâncias químicas e cerca de 150 destes compostos são denominados fitocanabinóides, sendo que os mais conhecidos e estudados são o THC (Tetrahidrocanabinol), o CBD (Canabidiol) e o CBG (Canabigerol). Os fitocanabinóides se ligam a receptores específicos do corpo humano. Esse sistema complexo é responsável por uma série de funções fisiológicas, incluindo a memória, o humor, o controle motor, o comportamento alimentar, o sono, a imunidade e a dor.

Por se tratar de uma área do conhecimento que está em constante desenvolvimento, novas indicações, cujos estudos estão em fases II, III ou observacionais para a ansiedade, demência com agitação, distúrbios do sono secundários a doença neurológica, doença de Parkinson (sintomas não-motores), dor crônica, epilepsia (Dravet e Lenox Gastaut), esclerose múltipla (sintomas urinários, dores, espasticidade), esquizofrenia, síndrome de estresse pós-traumático e síndrome de Tourette, vêm sendo buscadas pela comunidade científica e publicadas nas principais revistas médicas do mundo.

CIÊNCIA MILENAR

O uso medicinal da cannabis é conhecido em diversas culturas há mais de cinco mil anos. Sabe-se que a cannabis percorreu toda a Rota da Seda que interligava comercialmente o Oriente e a Europa, sendo levada ao ocidente pelo médico escocês Willian O'Shaughnessy enquanto participava das missões britânicas nas Índias. Como pesquisador e professor da Universidade de Calcutá (Índia), Willian O'Shaughnessy foi um dos cientistas pioneiros na pesquisa de terapias com a cannabis em pacientes com cólera, reumatismo, raiva, tétano, epilepsias e doenças inflamatórias, estudando os benefícios da substância no alívio de dores e redução de espasmos musculares.

O uso da cannabis medicinal ganhou destaque na Europa e, posteriormente, nos Estados Unidos, entre os anos de 1840 e 1940. Médicos ingleses indicavam o uso da cannabis como estimulante do apetite, analgésico, relaxante muscular, anticonvulsivante e hipnótico. Ao longo dos últimos séculos, cientistas continuaram a estudar o uso da cannabis medicinal como terapia adjuvante no tratamento doenças neurológicas, psiquiátricas, degenerativas e inflamatórias.

O “PAI DA CANNABIS MEDICINAL”

Conhecido como o “pai da cannabis moderna”, o pesquisador Raphael Mechoulam, em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, conseguiu isolar 60% da substância ativa da cannabis com métodos laboratoriais, sintetizando pela primeira vez o THC (tetrahidrocanabinol) e, posteriormente, o canabidiol, compostos da planta. Seu estudo publicado na revista Science aborda de maneira inédita a biogênese dos canabinóides.

A descoberta e a elucidação do sistema endocanabinoide permitiu a realização de uma ampla gama de estudos pré-clínicos, propiciando a condução dos primeiros ensaios clínicos na área. Em 1980, Raphael Mechoulam e o professor brasileiro Elisaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicaram juntos o primeiro estudo com humanos sobre o uso da cannabis medicinal em pacientes com epilepsia farmacorresistente, demonstrando os benefícios da substância no controle das crises epiléticas.

 

Fonte: Texto e foto enviados pela Assessoria de Imprensa (Kubix Estratégia & Comunicação)



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