Covid-19: Associação Médica Brasileira a favor de vacina para crianças

28/12/2021


A Associação Médica Brasileira, por meio do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, o CEM COVID-19 AMB, manifestou-se, publicamente, integralmente a favor da vacinação contra a COVID-19 para crianças com idade entre 5 e 11 anos. “Empenhamos nossa mensagem tranquilizadora às famílias brasileiras, baseada à luz das melhores evidências científicas”, afirma a AMB.

A Associação destaca que a autorização da imunização na infância segue o mesmo rigor e normas de eficácia e segurança das demais faixas etárias, e informa que ela atende plenamente aos critérios exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinação de todos os públicos.

De acordo com a AMB, os critérios utilizados pela Anvisa foram os mesmos adotados pela European Medicines Agency (EMA); Food and Drug Administration - dos Estados Unidos (FDA); pela Divisão de Alimentos e Produtos para a Saúde do Canadá (HPFB); além de outros órgãos similares de vários países de todo o mundo.

“Lembramos que a liberação por parte da Anvisa, neste e em quaisquer casos/faixas etárias, só ocorre após rigorosos estudos clínicos, tendo como voluntários milhares de indivíduos, com o objetivo de garantir a segurança e eficácia”, esclarece a AMB. 

Sobre o público infantil

A Associação Médica Brasileira (AMB) informa que, infelizmente, o Brasil já registrou cerca de 300 óbitos de crianças com idade entre 5 e 11 anos, em decorrência da Covid-19, desde o início da pandemia, portanto, uma média de 150 por ano. “Novas mortes são absolutamente evitáveis e temos obrigação de trabalhar nesse sentido”, frisa a Associação.

A aplicação da vacina em crianças conta com dados de efetividade reais, vindos, por exemplo, dos Estados Unidos, onde mais de sete milhões de crianças já receberam a vacina da Pfizer, sendo que dois milhões delas já estão imunizadas com a segunda dose. A AMB enfatiza que crianças também podem ser acometidas pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-Cov-2, desenvolverem sequelas e COVID longa, sendo, portanto, essencial a vacinação desse público para reduzir/evitar sofrimento, hospitalizações e mortes.

“Além disso, a imunização é indispensável para reduzir a transmissão, em particular, por enfrentarmos uma doença com ciclos inesperados e o surgimento de novas variantes. Vemos agora novas ondas na Europa e nos Estados Unidos, atingindo, proporcionalmente, muito mais crianças e adolescentes do que há dois anos. Faz-se necessária a urgente aquisição das doses pediátricas pelo Ministério da Saúde”, avisa a associação médica.

A direção da AMB lembra, ainda, é que indispensável enfatizar que os critérios para a introdução de uma vacina em um programa público não são resumidos ao número de mortes relacionadas à doença contra a qual se deseja uma intervenção, e rememora que casos de gripe, diarreia por rotavírus, varicela e hepatite A, entre outras doenças, faziam menos vítimas do que a Covid-19 em pediatria.

“E não hesitamos em recomendar a imunização contra todas elas. Vacina-se para prevenir hospitalizações, sequelas, uso de antibióticos, visitas aos serviços de saúde e ocupação de leitos em UTI, por exemplo”, alerta a AMB, que faz questão de ressaltar que, do ponto de vista social, além dos aspectos morais, psicológicos e emocionais, “a perda de uma criança tem significado ainda maior do que a do adulto; em cálculos de fármaco-economia, conceitua-se como anos de vida perdidos”.

Há de se ponderar, também, o aspecto da proteção indireta, reduzindo casos secundários, uma vez que são incontáveis as justificativas éticas, epidemiológicas, sanitárias e de saúde pública que justificam a imunização da população pediátrica, desde que, claro, com vacinas de segurança e eficácia comprovadas por nossa agência regulatória, a Anvisa.

“Pelo exposto, assim como por questões éticas, conclamamos todos os pais e/ou responsáveis a, quando as vacinas estiverem disponíveis, vacinarem seus filhos. Vacina é vida, e vacinar é um ato de amor!”, finaliza a Associação Médica Brasileira.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa AMB.



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